A mastite é uma intercorrência materna comum durante a lactação e contribui para o desmame precoce. (WILSON et al. 2020, MITCHELL et al., 2022).
No passado, a mastite foi tratada como uma entidade patológica única no seio lactante. (Kvist, 2010). Entretanto, evidências científicas atuais demonstram que a mastite compreende um espectro de condições resultantes da inflamação ductal e edema de estroma. (MITCHELL et al., 2022)
Mastite é a inflamação da glândula mamária que mais frequentemente se apresenta em uma distribuição segmentada de ductos, alvéolos e tecido conjuntivo circunjacente.
Os lúmens ductais podem ser estreitados por edema e hiperemia associados com hiperlactação assim como com disbiose mamária.
A disbiose mamária, ou alteração no microbioma do leite, resulta de uma complexa interação de fatores, incluindo genética e condições médicas maternas, exposição a antibióticos, uso de probióticos, uso regular de bombas extratoras, e parto por cesariana. (FERNANDÉZ et al., 2020, MITCHELL et al., 2022).
Fatores de risco para mastite: como mãe que amamenta, você pode ser mais suscetível a desenvolver mastite se:
✔Você tem hiperlactação (excesso de oferta);
✔Fatores de microbiota como a diversidade do microbioma do leite;
✔Fatores médicos como uso de antibióticos e probióticos;
✔Bombear para manter o seio vazio, ou amamentar em um único seio que parece mais cheio;
✔ Fazer massagem constantemente;
✔ Aquecer a mama (com compressas ou água quente);
✔ Mamadas infrequentes ou irregulares;
✔ Pressão na mama exercida por sutiãs ou roupas muito justas.
Se você suspeitar que pode ter mastite, é extremamente importante não tentar “esvaziar” a mama (trate-a como uma torção de tornozelo, usando gelo e anti-inflamatórios e não abusando!).
É importante procurar ajuda especializada o mais rápido possível.
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